19 janeiro 2010

Silbermond: Symphonie


Sag mir was ist bloß um uns geschehn
Du scheinst mir auf einmal völlig fremd zu sein
Warum geht´s mir nich mehr gut
Wenn ich in deinen Armen liege
Ist es egal geworden was mit uns passiert
Wo willst du hin ich kann dich kaum noch sehn
Unsre Eitelkeit stellt sich uns in den Weg
Wollten wir nicht alles wagen, ham wir uns vielleicht verraten
Ich hab geglaubt wir könnten echt alles ertragen
Symphonie
Und jetzt wird es still um uns
Denn wir steh´n hier im
Regen haben uns nicht´s mehr zu geben
Und es ist besser wenn du gehst
Denn es ist Zeit
Sich ein zu gestehn dass es nicht geht
Es gibt nichts mehr zu reden denn wenn`s nur regnet
Ist es besser aufzugeben
Und es verdichtet sich die Stille über uns
Ich versteh nich ein Wort mehr aus deinem Mund
Haben wir zu viel versucht, warum konnten wir´s nicht ahnen
Es wird nicht leicht sein das alles einzusehn
Symphonie
Und jetzt wird es still um uns
Denn wir steh´n hier im Regen haben uns nicht´s mehr zu geben
Und es ist besser wenn du gehst
Denn es ist Zeit
Sich ein zu gestehn dass es nicht geht
Es gibt nichts mehr zu reden denn wenn´s nur regnet
Ist es besser aufzugeben
Irgendwo sind wir gescheitert
Und so wie´s ist so geht´s nich weiter
Das Ende ist schon lang geschrieben
Und das war unsre....



Clássico: Os pássaros 1963

Uma fita extremamente charmosa, bem acabada e estarrecedora. E o seu maior ápice se concentra na bárbara sequência onde Tippi Hedren (que é mãe da Melanie Griffith) está sentada em um mocho enquanto vários pássaros pousam em uma gaiola labirinto. Nesta cena a calmaria é substituída com sutileza pela ansiedade e o esperado desespero. E esta mudança de tons imprevisível é que há de mais incrível nos filmes suspicazes de Hitchcock, onde o perigo é eminente mesmo nos ambientes mais tranquilos ou nos momentos de privacidade como na famosa cena do chuveiro em “Psicose”. E este é um elemento usado com tanta precisão que oferece ao público um medo que dificilmente pode ser descrito em palavras – na época do lançamento de “Os Pássaros” nos cinemas muitos espectadores saíram das salas verificando se haviam pombas voando pelos céus. Assistindo ao longa atualmente, ainda não há como negar que Hitchcock foi de fato o mestre do suspense.
Conseque-se perceber com facilidade o brilhantismo de um diretor como Hitchcock. Cada plano pensado e preparado com os mínimos detalhes. Tudo o que aparece em cena está devidamente posicionado, e a ideia de "quadro" fica muito mais forte nas precisas composições que a câmera faz no ambiente. Seja nos diálogos, nos plongês, nos planos sequência. Tudo ali parece ter sido exaustivamente planejado. E dizem que de fato ele era extremamente metódico, ao ponto de já ter o filme inteiro pronto em sua mente na hora de filmar.
Falar dos efeitos especiais é perda de tempo. Quase todo mundo que escreve sobre o filme faz questão que dizer que os efeitos são precários, mas "para a época são muito bons!". Será que faz alguma diferença para a importância do longa? Para mim, quando o filme é realmente bom, ele não fica ultrapassado. Ele envelhece, no sentido de obra. E com tantos recursos absurdos de computação que temos atualmente, é revigorante perceber que de fato aqueles pássaros existiam, e foram sobrepostos num verdadeiro processo de recorte e colagem na película, em uma época em que nem se sonhava com o Photoshop.

Livro: Orlando (Virginia Wolf)

A literatura desta brilhante escritora me faz perceber que a escrita não conhece idioma, religião, nem muito menos sexualidade.Virginia Wolf em Orlando deixa espaço para que vivamos junto com o personagem todas as suas contestações a respeito do mundo masculino, na primeira parte do livro como gosto de dividir esta obra, e do feminino, na segunda parte, mesmo com a atmosfera da velha Inglaterra temos o prazer de transitar do velho mundo para o mundo contemporâneo tranquilamente.
. As angústias de Orlando são as nossas angústias, sua solidão é a nossa nos tornamos um corpo só e sem perceber nos transportamos ao universo alheio com a mesma facilidade com que penetramos o nosso.
Virginia Woolf, com a sua técnica de fluxo de consciência e talento incomparável, nos mostra as angústias e medos, as paixões e vontades do personagem de maneira poética, envolvente e curiosa: Orlando, depois de séculos, se torna Lady Orlando, sofrendo essa mutação que o faz ver o mundo de um ângulo feminino. As restrições, os receios, outras ambições e o sexo - Woolf expressa muitos de seus ideais feministas e se mostra cáustica nos comentários. O livro, também com uma adaptação para o cinema, fascina o leitor através do singular Orlando, e mostra como o tempo se arrasta e continuamos nos revolucionando internamente - sendo homem ou sendo mulher, com todas as nossas inquietações.


Rémbrandt: Lição de anatomia do Dr. Tulp