O filme narra, em linguagem de documentário, as experiências vividas por um jovem de classe média ao ser internado num manicômio, pelo pai, quando este descobre um cigarro de maconha em seu casaco. Esta experiência não é fictícia. Aconteceu com um jovem de Curitiba nos anos 70. Austregésilo Cerrano Bueno pegou todas estas experiências e criou um livro, Cantos Malditos. Desta obra, a diretora Laís Bodanzky e o roteirista Luiz Bolognesi construíram um dos melhores dramas nacionais. Não é à toa que Bicho ganhou nove prêmios no festival de cinema de Brasília e mais nove em Recife (entre eles melhor filme, direção e ator).
Ao ótimo trabalho de Bondanzky, somam-se um roteiro bem estruturado, a bela fotografia de Hugo Kovensky, uma boa trilha sonora e as excelentes atuações. Apesar das belíssimas edições de som e vídeo, a técnica utilizada funciona apenas como suporte a um filme bem dirigido, uma história bem contada e atores em ótima forma. Destaque especial ao ator Gero Camilo, no papel de Ceará, e todos os demais internos dos manicômios. É difícil acreditar que os atores ali não sejam loucos de verdade além de Othon Bastos, Cássia Kiss, Caco Ciocler, e, principalmente, Rodrigo Santoro.
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