Desde seu início, o filme faz questão de demonstrar que não quer ser épico, no sentido de demonstrar grandes feitos e acontecimentos. A figura de Ernesto ‘Che’ Guevara é mostrada como humana, sensível (somos apresentados logo a seu problema de asma, que quase tirou sua vida durante sua aventura posterior) e muito confusa em relação ao futuro. Ele deixa de se formar em medicina para realizar uma viagem pela América do Sul ao lado de seu grande amigo Alberto Granado (o velhinho que aparece antes dos créditos finais) interpretado por Rodrigo de la Serna (que é primo em segundo grau de Guevara) de forma irretocável, com alegría e bom humor, chegou até a engordar 12 quilos pois Granado era gordinho na época.
Deixam uma vida confortável na Argentina em 1952 em troca de uma aventura que se tornaria inesquecível, levando Guevara a se tornar o revolucionário cubano que foi, anos mais tarde. Essa aventura, às vezes apresentada de forma engraçada, às vezes de forma romântica, foi baseada nos próprios diários de Guevara, e transferida com um enorme carinho para o roteiro do filme, escrito por Jose Rivera.
O filme é lindo. Servirá com certeza como uma propaganda positiva da América do Sul para os habitantes dos outros continentes. Temos neve, desertos, florestas, patrimônios históricos, calor humano. Tudo isso é demonstrado com perfeição pelo diretor Walter Sales.
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