21 julho 2008

Filme: Uma mulher contra Hitler (Sophie Scholl- The final days)

O filme de Marc Rothemund narra os últimos cinco dias de vida da jovem Sophie Scholl: estudante, ativista, membro do grupo de resistência Weisse Rose (Rosa Branca), que lotou caixas de correio principalmente do sul do país com cartas conclamando à resistência ao terror nazista.
A câmera acompanha Sophie aonde quer que ela vá: da cela à sala de Mohr, ao banheiro, ao tribunal, ao último cigarro, à sala de execução. O filme é modelado para Julia Jentsch: é óbvio que ela é a estrela. O que se passa ao lado, durante o interrogatório do irmão, é uma incógnita. A partir do momento em que fica sabendo da confissão do irmão, Sophie deixa de mentir: "Eu fiz tudo... e me orgulho disso".
Isso prova a grande força que o cinema alemão está tomando desde Adeus, Lênin!, Edukators, A Queda e agora “Uma Mulher Contra Hitler”.

Song: Beethoven - Moonlight Sonata

http://www.youtube.com/watch?v=vQVeaIHWWck&mode=related&search=

Song: Claude Debussy - Claire de Lune

http://www.youtube.com/watch?v=LlvUepMa31o&mode=related&search=

Filme: Filhos da Esperança


Filme: Paradise now

O que leva uma pessoa a amarrar explosivos no próprio corpo e detoná-los com o objetivo de destruir o que (ou quem) quer que seja? O verdadeiro tema de Paradise Now, que é a trajetória de homens comuns rumo ao absurdo do ataque suicida. Para isso, acompanhamos toda a cerimônia de preparação de Said e Khaled, que combina elementos religiosos e políticos, como a gravação de mensagens para a família e a imprensa. Neste ponto, Abu-Assad volta a destruir qualquer caráter grandioso que o processo possa apresentar ao incluir pequenos momentos de humor nos quais vemos os protagonistas cometendo erros durante os discursos ou mesmo enviando recados absolutamente prosaicos para os parentes – uma forma interessante de lembrar o espectador de que, apesar do que estão prestes a fazer, aqueles `mártires` são humanos e comuns.

"Miséria na fartura" - Qual o nosso papel? Ilustrando: Portinari

Estão educando aqueles que farão a história do nosso país e a história do mundo?
A nossa revolução tem seus grandes livros, suas grandes obras.
Em cada pensamento, em cada movimento, em cada sopro da nossa vida ressoa a glória do novo cidadão do mundo. Teremos ombros suficientemente fortes para assumir esse enorme peso?
O único objetivo dos nossos esforços só pode ser uma sociedade em que seja abolida toda e qualquer forma de exploração do homem pelo homem.
Liberdade pra ensinar e liberdade pra aprender. Alguém precisa pensar acima da massa!Devemos lutar contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais, contra o desengano, contra o autoritarismo, contra a ordem capitalista vigente que inventou: “a miséria na fartura”.

Geisa Garcia - 2002

15 julho 2008

Filme: Onde os fracos não tem vez (Com Javier Bardem)

É um grande filme, por seu cinismo e qualidades, além de ter um elenco afinadíssimo e um dos melhores vilões de todos os tempos (talvez até um concorrente de Hannibal Lecter). Muitíssimos comentários sobre a interpretação de Javier Bardem. Realmente, o ator espanhol está fantástico no papel do vilão desta história. Sem parecer exagerada – e talvez esteja sendo, um pouco -, mas considero a interpretação dele. No Country for Old Men realmente é muito bom. Reúne as melhores características dos irmãos Coen: roteiro inteligente, frases impagáveis, direção cuidadosa e atenta aos detalhes e às interpretações. Enfim, elementos do bom e velho cinema bem-feito. Exemplo de pontos altos do filme: o diálogo entre Anton Chigurh e o proprietário do posto de gasolina (Gene Jones) no meio do nada. Para um homem que matar é algo tão natural e fácil quando caminhar, algumas vezes a decisão sobre tirar uma vida tem que passar por algum crivo, nem que seja uma moeda. o filme trata de uma caçada humana e, como na Natureza, vence o animal mais forte, mais preparado. Como qualquer história bem escrita, aqui também o espectador fica na dúvida para quem torcer. Afinal, não entra na balança os elementos que movem um ou outro personagem, mas o seu carisma e a sua estratégia de sobrevivência. No fundo, por mais que tenhamos uma idéia de “torcer pelo mais fraco”, muitas vezes aplaudimos justamente quando o forte ganha. Talvez efeito da nossa permanente luta interna entre nosso lado primitivo e nosso lado racional, com critérios e ajustes sociais.