03 setembro 2009

Filme: Piaf - Um Hino ao Amor

Prepare seus lenços. É praticamente impossível não derramar pelo menos algumas lágrimas durante os 140 minutos de projeção de Piaf - Um Hino ao Amor, a festejada cinebiografia da cantora francesa Edith Piaf. O filme é rasgadamente emotivo e emocional, atingindo em cheio o grande público, da mesma forma emotiva e emocional que a própria cantora tinha de conquistar as suas platéias. E importante: sem cair no piegas. Ambicioso, ousa retratar a vida da estrela por inteiro. A partir de seus primeiros e extremamente pobres anos de vida, passando por suas perambulações por cabarés e prostíbulos, a descoberta do talento natural, a lapidação deste talento, o sucesso, a ida aos Estados Unidos (numa Nova York totalmente feita em estúdio), os amores, sua trajetória marcada por perdas e desacertos, justifica cada copo que tomava e que lhe roubaria o fígado e a mataria de falência hepática, agravada por anos de dependência química aos 47 anos, isso em 1963.
Marion Cotillard se agiganta como Piaf, estoura na tela grande e nos brinda com uma interpretação impagável e incontestável de uma artista que nunca se enquadrou, viveu solta num sistema que a acolheu, graças ao dom de cantar, concedido pelos deuses.
O filme no conecta com a utópica e necessária visão do artista que foi consumida pela arte e fez dela seu alimento. Para ter em casa e rever, assim não esqueceremos os predicados que compõe o “forro” de uma grande artista. Edith Piaf – Um Hino ao Amor é inesquecível.

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