28 agosto 2009

Filme: As invasões bárbaras (Denys Arcand)

O grupo de amigos e parentes que passa os últimos dias com Rémy (Rémy Girard o mesmo personagem de "O Declínio do Império Americano", é formado por professores, antigas amantes, a ex-mulher e um casal gay. Nestes encontros são memoráveis os diálogos da geração que acreditou nas mudanças e que agora convive com guerras preventivas em nome da paz.O filme questiona em doses variadas o antiamericanismo, o holocausto indígena, a eutanásia, a globalização, a discriminação das drogas e principalmente a permanência dos valores, os quais estão acima de qualquer ideologia. Principalmente a amizade entre pais e filhos que o dinheiro não compra. Parece propaganda, mas não é.Remy apega-se à vida e tem saudade desta antes mesmo de deixá-la. Saudade das conquistas, mulheres e ideologias. Sua amizade com a junkie Nathalie é um dos pontos altos do filme.Os homens passam e as obras ficam. Esta é a mensagem do filme As Invasões Bárbaras. E a saída está nas estantes para afugentar o fascismo velado nas primeiras leituras. Apesar de toda a burrice, de todos os fascilosófos dizendo que não há saída, apesar disso tudo, a sensibilidade e bom gosto sempre resistirão. A propósito: o título do filme se refere aos ataques ocorridos aos Estados Unidos em 11 de Setembro. As invasões bárbaras seriam o primeiro ataque bárbaro a atingir o império. Tudo isso é revelado em um diálogo, uma grande crítica à política imperialista ianque. Não deixe de ver, é imperdível. Detlhe que o filme foi feito 17 anos depois com praticamente o mesmo elenco de Le Déclin de L'Empire Américain de 86.

Nenhum comentário: