28 agosto 2009

Filme: Mar Adentro (Com Javiér Bardem)

O filme de Alejandro Amenábar é baseado em história verídica, é uma poesia pura e visual, funcionando como um drama imperdível para quem gosta da vida ou para quem precisar reafirmar sua existência. Posso dizer, sem medo de errar, que é uma verdadeira obra de arte. O longa é denso, pesado e consegue sustentar seu ritmo por possuir diálogos afiados e personagens cativantes, o que nos traz a comoção e a preocupação com o destino dos personagens. Mar Adentro levanta questões pesadas sem se preocupar em sentimentalismo barato.
Outros pontos positivos do filme de Amenábar são: a fotografia – existe uma viagem surreal do personagem principal, que me emocionou muito – e a trilha sonora, triste na medida certa. Falar do talento de Javier Bardem, é chover no molhado, por isso prefiro elogiar a atuação de Belen Rueda, como uma advogada doente que quer ajudar o acidentado a resolver seus problemas. Ela está impecável.
A história narra a vida de Ramón (Javier Bardem), um homem que era totalmente saudável, inteligente e viril, até sofrer um acidente e ser obrigado a viver, contra sua vontade, paralisado em uma cama, dependendo da ajuda de seus familiares para todas as suas necessidades básicas. Vinte e seis anos depois, ele consegue uma advogada disposta a ajudá-lo em seu caso. Confrontando questões morais, religiosas e sociais, Ramón tenta legalizar uma petição que lhe dê autorização para cometer eutanásia, sem que nenhuma das pessoas que o ajudarem sejam prejudicadas por suas ações.
Mar Adentro é sensível como os filmes de David Lynch e duro como as produções de Stanely Kubrick. Ou seja, é cinema de verdade. Lola Duenas foi eleito actriz do ano - com toda a justiça - tal como Celso Bugallo e Mabel Rivera venceram os prémios secundários enquanto que o jovem Tamar Novas e Belen Ruedas venceram os prémios revelação.

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